O circuito de câmeras da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Laranjeiras do Sul — localizada a cerca de 5 quilômetros de Rio Bonito do Iguaçu — registrou a passagem do tornado que devastou o município na última sexta-feira (7).
Nas imagens, é possível observar a formação e o deslocamento de uma supercélula, uma estrutura de tempestade altamente intensa e rotativa. No interior dessa supercélula estava o tornado de categoria F3 na escala Fujita, responsável por destruir cerca de 90% da área urbana de Rio Bonito do Iguaçu.
O registro é considerado importante por meteorologistas, pois auxilia na compreensão da dinâmica do fenômeno, que atingiu ventos estimados em até 250 km/h, deixando um rastro de destruição e dezenas de famílias desabrigadas.
O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) confirmou a ocorrência de três tornados durante as tempestades da noite de sexta-feira (7) no interior do estado. O mais intenso atingiu Rio Bonito do Iguaçu, classificado como F3 na escala Fujita, com ventos estimados entre 300 km/h e 330 km/h. Outros dois tornados, de categoria F2, ocorreram em Turvo e no distrito de Entre Rios, em Guarapuava.
Segundo o Simepar, o tornado de Rio Bonito do Iguaçu se formou em Espigão Alto do Iguaçu e percorreu cerca de 40 quilômetros, passando também por Porto Barreiro. O fenômeno destruiu completamente áreas residenciais e rurais, derrubou torres de energia e devastou a vegetação local.
As análises meteorológicas indicam que as condições atmosféricas — influenciadas pelo aprofundamento de um sistema de baixa pressão sobre o Rio Grande do Sul, que deu origem a um ciclone extratropical — criaram um ambiente propício para a formação de tempestades severas e tornados no Paraná.
O Simepar segue investigando outros possíveis eventos semelhantes registrados na região e reforça a importância de a população acompanhar os alertas meteorológicos, especialmente em períodos de instabilidade intensa.
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