O empresário, de 41 anos, engenheiro de automação, que matou Bruno Emídio da Silva Júnior, de 33 anos, com um tiro no rosto no Distrito do Pirapó, em Apucarana, foi preso na tarde desta quarta-feira (13).
Conforme o delegado André Garcia, o autor do crime idetificado como Agnaldo da Silva Oroski, confessou o crime, mas alegou legítima defesa. Porém, a Polícia Civil tem um vídeo que mostra o exato momento do disparo fatal. “Ele alegou que tentaram invadir a casa dele, que ouviu barulho no telhado, pensou que alguém tivesse tentando pular o muro, A vítima em nenhum momento tentou pular o muro ou estava em cima do telhado, as imagens são claras, ele olha por cima do muro e é baleado na cabeça. Ele foi preso na empresa dele, e deve responder por homicídio qualificado”, detalha o delegado.
O autor do crime e a vítima não se conheciam. De acordo com as investigações, o empresário, que tinha o registro das armas apreendidas, tinha o costume de atirar dentro do quintal. “Ele alegou que tinha as armas para defesa pessoal, para proteger a família. Sempre que ouvia um barulho, atirava para o alto, no quintal. No dia do crime, as testemunhas relataram que ouviram muitos disparos na casa, que ficaram assustados, preocupados, e por isso Bruno resolveu subir em um compartimento que abrigava um gás e olhou pelo muro. Eles não se conheciam, e infelizmente esse crime é tão bárbaro”, explica André Garcia.
Ainda de acordo com o delegado, na segunda, quando o empresário se apresentou, ele só não ficou preso, pois a Justiça ainda não havia expedido o mandado. “Ele veio com o advogado, se apresentou, depois foi liberado. A Polícia Civil já havia solicitado a prisão dele à Justiça, mas quando ele veio na delegacia, já tinha passado o flagrante e estávamos sem mandado. Nesta terça, assim que a Justiça liberou, já realizamos a prisão dele”, disse.
Família aliviada com a prisão
O advogado da família da vítima, Lucas Cardoso, informou que a família segue mais aliviada com a prisão do empresário. “Queremos agradecer a Polícia Civil, através do delegado André Garcia, que não mediu esforços para que essa prisão acontecesse. A família está desolada. Uma pessoa trabalhadora, que estava noivo, morto assim, dessa forma. Vamos trabalhar para que ele seja condenado por homicídio qualificado”, repassou.
O crime
Uma confraternização que era realizada no Distrito do Pirapó, na Rua João Batista Judai, em Apucarana, acabou em morte. Bruno foi assassinado com um tiro no rosto. A Polícia Militar (PM) foi chamada por volta das 23h15 de sábado (9).
Testemunhas contaram para a PM que estavam em uma confraternização entre amigos quando ouviram barulho de disparos na casa do vizinho. A vítima subiu em cima do porta gás para conseguir ver por cima do muro, porém, foi atingido por tiro no rosto.
Quando as esquipes chegaram na casa, encontraram o homem, de 33 anos, caído. Os PMs realizaram os primeiros socorros, como massagem cardíaca até a chegada do Samu.
Os socorristas tentaram reanimar o homem, mas ele não resistiu e morreu no local. Após os disparos, o vizinho fugiu em um Fiat Toro.
Na casa do suspeito os PMs encontraram uma espingarda de pressão modificada para calibre .22, além de 30 munições calibre 380, 14 munições calibre .22 deflagradas, 19 munições calibre 12 intactas e 5 munições calibre 12 deflagradas.
Foram localizados também dois carregadores de pistola calibre 380 municiados em cima do guarda-roupas de um dos quartos.
Ainda foram encontrados pela PM 11 estojos de pistola calibre 380 deflagrados no corredor que liga aos fundos da residência.
Informações: 98 News FM
Londrina News