Uma tragédia marcou a passagem de fim de ano em Londrina. Dois homens, Thiago Antônio Oliveira da Silva, de 26 anos, e Guilherme Braga Pereira, de 31 anos, morreram afogados no Lago Igapó II.
O que deveria ser motivo de alegria e comemoração com a chegada de 2024 tornou-se uma tragédia devido às mortes. Thiago e Guilherme faleceram após tentarem nadar no lago. Segundo relatos de testemunhas no local, os rapazes fizeram uma espécie de aposta para ver quem chegaria primeiro, partindo da cascata até a estrela da árvore de Natal flutuante, e pularam na água.
Um terceiro homem que também nadava no local foi salvo por um visitante, enquanto pessoas e populares tentaram ajudar no resgate de Thiago, que acabou desaparecendo na água. A iluminação da árvore e de alguns objetos decorativos flutuantes foi desligada durante o incidente.
O Corpo de Bombeiros resgatou Thiago após quase 30 minutos de busca. Ele foi colocado na ambulância do Siate, onde os procedimentos de reanimação foram realizados por cerca de 40 minutos. Infelizmente, apesar dos esforços da equipe de socorro, ele não resistiu e veio a falecer.
Dois rapazes que pularam na tentativa de resgatar Silva acabaram ficando ilhados em um dos ornamentos decorativos, sendo resgatados pelos bombeiros.
BUSCAS AO SEGUNDO DESAPARECIDO
Na manhã de segunda-feira, dia 1º, o Corpo de Bombeiros recebeu uma ligação informando sobre o desaparecimento de um segundo homem, Guilherme Braga Pereira, de 31 anos, residente em Maringá.
A equipe do Londrina News esteve no local após o resgate e a confirmação do falecimento de Thiago. Logo depois, um primo de Guilherme, que mora em Curitiba, entrou em contato conosco em busca de mais detalhes. Porém, naquele momento, as informações eram incertas, indicando que a pessoa resgatada com vida era Guilherme, mas ele não foi localizado depois do resgate.
Os familiares informaram ao Corpo de Bombeiros que o rapaz usava uma tornozeleira eletrônica. Foi feita uma busca pelo sinal do equipamento, indicando o último sinal às 01h00.
Uma equipe especializada do Corpo de Bombeiros iniciou as buscas por Guilherme. A varredura no local indicado por uma testemunha sugeria que ele estaria próximo a um dos ornamentos no momento do seu desaparecimento. As buscas encerraram às 18h00. Os bombeiros relataram que a água turva dificultava o trabalho dos mergulhadores.
"É como estar em um quarto grande e escuro e precisar encontrar a saída apenas pelo tato", disse o Tenente Drulla dos Bombeiros.
A angústia dos familiares de Guilherme chegou ao fim na manhã de terça-feira, quando os bombeiros, usando um drone, conseguiram localizar o corpo boiando ao lado da passarela.
O rosto do homem estava desfigurado devido a mordidas de peixes.
O delegado responsável pela Delegacia de Homicídios, João Batista dos Reis, esteve no local acompanhado do perito Rafael Greve. Segundo Reis e Greve, quando questionados sobre a possibilidade das vítimas terem sofrido uma descarga elétrica, afirmaram que as chances disso ter ocorrido são remotas.
No entanto, a Unidade de Execução Técnico Científica deverá emitir um laudo indicando a causa da morte de ambas as vítimas.
O corpo de Thiago que era morador no Conjunto Ernani Moura Lima, foi sepultado em Londrina na tarde desta terça-feira, 02.
O corpo de Guilherme será sepultado em Maringá.
Londrina News