Foi sepultado na manhã desta sexta-feira (14), em Cambé, o corpo de Angélica Gonçalves, de 40 anos, que morreu após um grave acidente na PR-445, em frente ao campus da Universidade Estadual de Londrina (UEL), na manhã de quinta-feira (13).
Angélica estava na garupa de uma motocicleta que trafegava no sentido Cambé-Londrina quando colidiu violentamente contra a traseira de um Citroën C3, por volta do km 75 da rodovia. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o carro era conduzido por uma mulher de 34 anos e seguia logo à frente da moto, quando ambos foram surpreendidos por uma van que teria parado de forma repentina no meio da pista.
Com o impacto, Angélica foi arremessada por vários metros e não resistiu aos ferimentos, morrendo ainda no local. O condutor da motocicleta, de 47 anos, sofreu ferimentos graves e foi encaminhado pelas equipes de resgate ao Hospital Universitário de Londrina. A motorista do Citroën não se feriu.
Van teria provocado o acidente
De acordo com o relato da motorista do carro à polícia, uma van que trafegava à frente parou abruptamente na pista, obrigando os veículos seguintes a reduzirem a velocidade. O motociclista, porém, não teve tempo hábil para frear e acabou colidindo na traseira do carro dela.
O condutor da van fugiu do local sem prestar socorro, mas após diligências, a Polícia Civil localizou o veículo e identificou o motorista. Conforme o delegado Edgard Soriani, da Delegacia de Trânsito de Londrina, o homem prestou depoimento nesta sexta-feira e alegou que a van apresentou uma pane elétrica, fazendo com que o volante travasse e o pedal de freio ficasse inoperante, o que impossibilitou a condução do veículo até o acostamento.
A van foi apreendida e será submetida a perícia técnica para verificar se houve, de fato, falha mecânica. A Polícia Civil já instaurou inquérito para apurar a responsabilidade pelo acidente. Segundo Soriani, o motorista poderá responder por homicídio culposo — quando não há intenção de matar — pela morte de Angélica, além de lesão corporal grave ao motociclista e omissão de socorro, em razão da fuga do local.
Despedida
O corpo de Angélica foi velado e sepultado em uma cerimônia marcada por forte comoção de familiares e amigos. Conhecida por seu carisma e simpatia, ela deixa dois filhos e uma rede de amigos inconformados com a tragédia.
O caso segue sob investigação. Testemunhas do acidente ainda deverão ser ouvidas nos próximos dias para esclarecer todos os detalhes do que levou à morte de Angélica Gonçalves.
Londrina News